O Campeonato Catarinense da Série A está suspenso para as próximas rodadas. A decisão foi tomada em reunião de diretoria na sede da Federação Catarinense de Futebol (FCF) na tarde da última quarta-feira (3/3).
A suspensão veio a partir de decretos municipais impedindo a realização de jogos em suas respectivas cidades, atingindo metade dos clubes participantes.
Os clubes do Vale do Itajaí como o Clube Náutico Marcílio Dias e o Brusque, contestam a decisão tomada pela FCF, tendo em vista de que o futebol segue todas as restrições de saúde, como a realização de testes semanalmente em todos os atletas e um acompanhamento com o departamento médico com cada clube respectivamente.

Em posicionamento, o Marinheiro ressalta que é contra a paralisação da competição e que o futebol não é o motivo do colapso da saúde em Santa Catarina.
“Enquanto outras atividades estiverem acontecendo normalmente e o futebol não tiver público nos estádios certamente não será o futebol o responsável pelo aumento ou diminuição de casos”, ressalta a diretoria do Marcílio.
A diretoria da equipe peixeira ainda destaca sobre o a situação financeira do clube e o quanto a paralisação pode afetar.
“O Clube emprega mais de 60 pessoas de forma direta e está há um ano sem 60% de sua receita já que boa parte dos lucros provém de torcedores em dias de jogos. Prorrogar o campeonato só irá fazer o buraco financeiro que o clube se encontra aumentar ainda mais”, destaca.
Já o presidente do Marreco, Danilo Rezini, ressalta a importância de cumprir rigorosamente os protocolos de saúde em combate a Covid-19. E também destaca como o futebol vem lidando com essa situação.
“Temos que ter a responsabilidade de cumprir os protocolos de saúde, e o futebol, como um todo, é um das atividades mais preparadas para enfrentar a pandemia. Todos os atletas e funcionário ligados ao clube são testados semanalmente ou até duas vezes por semana antes dos jogos”, destaca o presidente, Danilo Rezini.

O presidente ainda comenta que é preciso avaliar outros tipos de serviço, no qual estão funcionando normalmente e sem a presença dos testes.
“O comércio, transporte público, escolas e outros, estão funcionando normalmente sem a utilização dos testes nos cidadãos. Por meio disso, não é justo só futebol sofrer a paralisação, sendo que são feitos os testes, é algo praticado ao ar livre e sem a presença do público”, ressalta.
Na sexta-feira (5/3), às 16 horas, será feito um Conselho Técnico extraordinário com todos os clubes para discutir o restante da competição, informa a FCF.